1 — Parece que o ladrão arrependido[1] não iria ao Paraíso no mesmo dia em que lhe prometera Jesus (te digo: hoje estarás comigo no Paraíso, Lc 23, 43), já que desde o pecado adâmico, Deus lançou a humanidade para fora do jardim que era o Paraíso[2], fechando acesso a essa região celestial.[3]
2 — No mais, talvez se interprete errado esse texto sagrado escrito em grego, pois nesse idioma, inexiste pontuação, podendo Cristo ter falado “te digo hoje, estarás comigo no Paraíso,” e não “te digo, hoje estarás comigo no Paraíso.”
3 — Além disso, o juízo Divino não ocorre logo após a morte, mas depois da ressurreição dos corpos, no que a promessa de Cristo seria para um futuro distante e indeterminado.
MAS EM CONTRÁRIO:
AOS HOMENS ESTÁ ORDENADO MORREREM UMA VEZ, VINDO DEPOIS DISSO O JUÍZO,” (HEBREUS 9, 27)
Ora, a palavra grega “meta” (μετὰ) que significa “depois” ou “com” é uma preposição que implica a continuidade de uma ação logo após outra.[4]
SOLUÇÃO:
Paraíso é o lugar celestial no qual repousa a humanidade que cessou o conflito com Deus e consigo mesma, restaurada na harmonia com o Criador, e com ele restabelecida, por meio de Cristo, numa união plena e definitiva.[5]
É a morada dos que, como o ladrão redimido, partiram desta vida na amizade inabalável com o Salvador.[6]
Consiste na bem-aventurança do repouso das almas que atingiram a perfeição e não se sujeitam mais ao ódio ou corrupção.[7]
O lar da humanidade na qual as imperfeições e defeitos restaram reparados, permitindo-lhe conhecer, interagir e amar a Deus sem obstáculo ou separação.
É onde as almas se apresentam purificadas,[8] tornando-se plenamente agradáveis a Deus,[9] que assim, as faz partícipes da vida celestial na eternidade.
Não é um lugar no sentido topográfico, dentro da estrutura física do tempo e espaço, como nós as conhecemos.
É um ponto imaterial no universo, numa dimensão criada por Deus, que transcende ao tempo, matéria e espaço, e se destina aos que morreram com Cristo na certeza da ressurreição dos corpos no juízo final, para com ele habitarem o Reino do Céu.[10]
Já o Reino do Céu, após o juízo final, é o destino último dos justos que habitam o Paraíso, como na oração que ele nos ensinou:
[…] VENHA NÓS O VOSSO REINO;[11]
As almas no Paraíso entram em comunhão com o CORPO DE CRISTO ressuscitado[12], e dele se nutrem de todas as suas virtudes espirituais, estando ligadas à ele de modo perpétuo para ressurreição dos corpos no fim dos tempos, inexistindo sentido alegórico nas Escrituras quando dizem:
“FORMAMOS UM SÓ CORPO EM CRISTO, E CADA UM DE NÓS É MEMBRO UM DO OUTRO.” (Romanos 4, 5)
“QUEM PERMANECER EM MIM E EU NELE, DÁ MUITO FRUTO PORQUE SEM MIM NADA PODEIS FAZER.”[13]” (São João 15, 5)
Não há morte aos que estão em Cristo, ainda que a alma, na qual abriga a consciência, razão e vontade, se retire do corpo físico pelo processo natural de deterioração da matéria:
“EU SOU A RESSURREIÇÃO E A VIDA. AQUELE QUE CRÊ EM MIM, MESMO QUE MORRA, VIVERÁ. TU CRÊS NISSO? (São João 11, 25 e 26)”
“SABEMOS QUE TODO O TEMPO QUE PASSAMOS NO CORPO É UM EXÍLIO LONGE DO SENHOR. ESTAMOS, REPITO, CHEIO DE CONFIANÇA, PREFERINDO AUSENTAR-NOS DESTE CORPO PARA IR HABITAR JUNTO DO SENHOR. (I Coríntios 5. 6, 7 e 8)”
“POIS ESTOU PERSUADIDO DE QUE NEM A MORTE […] NOS PODERÁ SEPARAR DO AMOR QUE DEUS NOS TESTEMUNHOU EM CRISTO.” (Romanos 8. 38 e 39)”
“[…] ESTAIS EM NOSSO CORAÇÃO, CONOSCO UNIDOS NA MORTE E UNIDOS NA VIDA. (II Coríntios 7,3)”
Recebem, tais almas, a glória e honra que dele provém, admitidas à comunhão dos santos e dos anjos, servindo a Deus com eles, enquanto felizes, aguardam a ressurreição dos corpos para o juízo final:[14]
“ESTES COM VESTES BRANCAS? QUEM SÃO, E DE ONDE VIERAM? E EU DISSE-LHE: SENHOR, TU SABES. E ELE ME DISSE: SÃO OS QUE VIERAM DA GRANDE TRIBULAÇÃO, E LAVARAM AS SUAS VESTES E AS BRANQUARAM NO SANGUE DO CORDEIRO. POR ISSO, ESTÃO DIATNE DO TRONO DE DEUS, E O SERVEM DE DIA E DE NOITE NO TEMPLO; E AQUELE QUE ESTÁ SENTADO SOBRE O TRONO OS COBRIRÁ COM A SUA TENDA. NUNCA MAIS TERÃO FOME, SEDE, NEM O CALOR DO SOL OS ABRAZARÁ, PORQUE O CORDEIRO QUE ESTÁ NO MEIO DO TRONO OS APASCENTARÁ, E LHES SERVIRÁ DE GUIA PARA AS FONTES VIVAS DAS ÁGUAS, E DEUS LIMPARÁ OS SEUS OLHOS DE TODA LÁGRIMA.” (Apocalipse 7.13-17)
Tenda, em Apocalipse 7, 15, deriva da palavra éskenoó no grego (σκηνώσει), que significa a habitação da alma, ou seja, o corpo.[15]
Assim, as almas no Paraíso, que se encontram diante do Trono de Deus, vivem e se protegem no Corpo SOBRENATURAL do Cordeiro de Deus, no qual habitam até a ressurreição dos próprios corpos.
“A IGREJA, EM SUA AUTORIDADE[16], ENSINA DESDE OS TEMPPOS MAIS PRIMITIVOS QUE A LIGAÇÃO DOS SANTOS ALCANÇADA NA FÉ, E QUE OS TORNA MEMBROS DO CORPO DE CRISTO, NÃO SE EXTINGUE COM A MORTE FÍSICA; AO CONTRÁRIO, SOBREVIVE DE MODO DEFINITIVO À MEDIDA QUE OS SANTOS TROCAM ESTE CORPO NATURAL PELO CORPO DE CRISTO ATÉ O DIA DA RESSURREIÇÃO DA CARNE.” (IRINEU. Santo de Lyon, Livro I p. 64, Adversus Haereses, anos 120-180)”
O Reino de Deus é o Paraíso materializado, onde as almas reencontrarão seus corpos regenerados, e todo cosmo se harmonizará com os propósitos divinos, reencontrando a harmonia perfeita na qual o universo, outrora, fora criado.
Só os que habitam o Paraíso serão conduzidos ao Reino de Deus, aonde será possível usufruir de um mundo novo, sem desordem, finitude ou morte:
“CATECISMO N° 1060: NO FIM DOS TEMPOS, O REINO DE DEUS CHEGARÁ À SUA PLENITUDE. ENTÃO, OS JUSTOS REINARÃO COM CRISTO PARA SEMPRE, GLORIFICADOS EM CORPO E ALMA; E O PRÓPRIO UNIVERSO MATERIAL SERÁ TRANSFORMADO. DEUS SERÁ, ENTÃO, «TUDO EM TODOS» NA VIDA ETERNA.” [17]”
Assim será possível usufruir de toda criação e das leis terrestres de acordo com a vontade Divina, como queria o Criador desde o início, sem inclinações ao engano, a destruição e ao desamor.
O Reino do céu é a continuação do Paraíso em sua plenitude:
“ASSIM, O SENHOR ME LIVRARÁ TAMBÉM DE TODA A OBRA MALIGNA E ME CONDUZIRÁ A SALVO PARA O SEU REINO CELESTIAL.” (II Timóteo 4, 18)
Esse reino não será apenas para almas, mas para um novo universo onde toda criação corpórea estará restaurada, transformada e em plena união com o Criador.
Nessa regeneração universal, o conceito e a natureza da matéria, do tempo e do espaço serão redefinidos.
Exemplo disso é o próprio Cristo, o primeiro dentre a humanidade à ressuscitar para eternidade, e que já está em seu Reino de Deus de corpo e alma [18], no que se responde as questões acima:
1 — Se a transgressão de Adão, primogênito da criação decaída[19], nos fechou acesso ao jardim celestial, Cristo, o primogênito da criação redimida[20] nos reabriu as portas desse Paraíso em sua morte.
O véu que impedia o povo de adentrar ao local mais sagrado do Templo (símbolo da proibição do acesso do pecador ao céu), rasgou-se no momento de sua morte:
“E DISSE A JESUS: SENHOR, LEMBRA-TE DE MIM, QUANDO ENTRARES NO TEU REINO. E DISSE-LHE JESUS: EM VERDADE TE DIGO QUE HOJE ESTARÁS COMIGO NO PARAÍSO. E ERA JÁ QUASE A HORA SEXTA, E HOUVE TREVAS EM TODA TERRA ATÉ A HORA NONA, ESCURECENDO O SOL.”
“E RASGOU-SE O VÉU[21] DO TEMPLO.” (São Lucas 23, 42-45)
“E, CLAMANDO JESUS COM GRANDE VOZ, DISSE: PAI, NAS TUAS MÃOS ENTREGO O MEU ESPÍRITO. E, HAVENDO DITO ISSO, EXPERIOU.” (São Lucas 23,46)
Assim, nada mais impedia o ladrão arrependido de ser levado ao Paraíso, junto com os justos que viveram antes de Cristo, e aguardavam o seu sacrifício reabrir o céu, para serem libertados da morte, e para o Paraíso serem conduzidos.[22]
2 — A ausência de pontuação no grego antigo (koiné) pode criar dúvida quanto à pausa, possibilitando essa intepretação errônea […]
“TE DIGO HOJE: ESTARÁS COMIGO NO PARAÍSO.”
‘[…] como também não exclui a interpretação correta que se tem há mais de dois mil:
“TE DIGO: HOJE ESTARÁS COMIGO NO PARAÍSO.”
A Cátedra de Pedro encerrou qualquer dúvida sobre isso.
O texto é um diálogo entre o ladrão e Cristo.
Logo, a chave para decifrar se o “hoje” se refere ao momento da proclamação (te digo hoje); ou ao fato proclamado (hoje estarás), está na dialética empregada pelos dois interlocutores, em especial, nos advérbios “QUANDO” e “HOJE.”
Dimas, discernindo no crucificado ao seu redor, o Rei dos Reis, lhe faz uma súplica para benefício futuro e incerto:
LEMBRA-TE DE MIM, QUANDO TIVERDES ENTRADO NO TEU REINO!”
E em ato contínuo, CRISTO lhe responde PROMETENDO NAQUELE MESMO DIA SUA IDA AO PARAÍSO CELESTIAL:
“JESUS LHE RESPONDE: EM VERDADE TE DIGO:
HOJE ESTARÁS COMIGO NO PARAÍSO.”
Resta claro que “hoje” é contraposição direta e certa, ao incerto e indeterminado “quando,” referindo-se ao fato proclamado, qual seja, a ida de Cristo e Dimas ao Paraíso.
Se a súplica era para um certo tempo (QUANDO); a resposta a ela também não poderia deixar de considerar o tempo no qual essa súplica seria atendida (HOJE), tornando o pleito futuro e indefinido, formulado pelo ladrão, num benefício presente e atual:
“HOJE ESTARÁS COMIGO NO PARAÍSO.”
E dúvida não há que Cristo ao morrer ascendeu ao céu:
“PAI, EM TUAS MÃOS ENTREGO MEU ESPÍRITO[23]. E QUANDO DISSE ISSO, ELE EXPIROU.” (São Lucas 23, 46)
Assim, ao ladrão arrependido fora assegurado desfrutar dos bens celestiais no Paraíso, aguardando a ressurreição do corpo para o juízo final, no que após, entrará para sempre no Reino de Deus.
3 — Ao ser humano, após a morte, está reservado dois juízos.
Primeiro, o particular:
“DA MESMA FORMA, COMO O HOMEM ESTÁ DESTINADO A MORRER SÓ UMA VEZ E DEPOIS DISSO O JUÍZO, ASSIM TAMBÉM CRISTO FOI OFERECIDO UMA ÚNICA VEZ, PARA TIRAR OS PECADOS DE MUITOS; (Hebreus 9:27-28)
E, segundo, o final, também chamado juízo público ou universal:
“[…] E APARECERÁ A SEGUNDA VEZ, NÃO PARA TIRAR O PECADO, MAS PARA TRAZER SALVAÇÃO AOS QUE O AGUARDAM.” (Hebreus 9:27-28)
“PORQUANTO FIXOU O DIA EM QUE HÁ DE JULGAR O MUNDO COM JUSTIÇA, PELO MINISTÉRIO DE UM HOMEM QUE PARA ISSO DESTINOU. PARA TODOS DEU COMO GARANTIA DISSO, O FATO DE TÊ-LO RESSUSCITADO DENTRE OS MORTOS”. (Atos 17, 31)
“EU TE CONJURO EM PRESENÇA DE DEUS E DE JESUS CRISTO, QUE HÁ DE JULGAR OS VIVOS E OS MORTOS, POR SUA APARIÇÃO E POR SEU REINO.” (II Timóteo 4, 1)
“QUANDO O FILHO DO HOMEM VIER EM SUA GLÓRIA, COM TODOS OS ANJOS, ELE SE ASSENTARÁ EM SEU TRONO DE GLÓRIA CELESTIAL. TODAS AS NAÇÕES SERÃO REUNIDAS DIANTE DELE, E ELE SEPARARÁ UMA DAS OUTRAS, COMO PASTOR, SEPARA AS OVELHAS DOS BODES. E COLOCARÁ AS OVELHAS À SUA DIREITA E OS BODES À SUA ESQUERDA. (São Mateus 25.31-33)
O particular é a consciência intrínseca da alma quanto ao seu destino final, conforme aquilo que imediatamente recebe de Deus ao desencarnar, seja a felicidade, paz e a visão do Amor Divino ao que morre em estado de graça, passando ou não por uma purgação (I Coríntios 3. 13-15); seja a escuridão, angústia e desespero ao que morre inimigo da fé, da esperança e principalmente do Amor de Deus.
Já o juízo final será universal e público, qual se dará na segunda vinda de Cristo, quando diante dos céus e terra serão reveladas as ações, obras, palavras ou pensamentos pelos quais se condena ou salva, pois os julgamentos de Deus não são ocultos, para que passam testemunhar a todos sua justiça perfeita.[24]
E para a justiça perfeita é necessário o conhecimento público do que cada um fez de bem ou mal a si e aos outros, o que para as vítimas do mal praticado será a certeza de que Deus não as desamparou.[25]
E todo mal que se fez no oculto e ficou encoberto será revelado, para que Deus faça a reparação ao ofendido; assim como todo bem praticado em sigilo, sem vanglória ou vaidade, também será revelado para recompensa pública do benfeitor.[26]
“E TEU PAI, QUE VÊ TUDO QUE ESTÁ EM SEGREDO, TE RECOMPENSE PUBLICAMENTE.” (São Mateus 6. 1-4)
No juízo particular tomam parte apenas aos mortos; mas o final será para os mortos, e para os que ainda se acharem vivos naquele dia:
“ELES DARÃO CONTA ÀQUELE QUE ESTÁ PRONTO PARA JULGAR OS VIVOS E OS MORTOS.” (I São Pedro 4, 5)
O juízo final ou universal não muda o juízo particular aos que por ele passaram, apenas o confirma.
E quanto ao dia final, só cabe a Deus sabê-lo.
Portanto, para que a reconciliação com Deus seja perfeita:
“[…] TODOS DEVEREMOS COMPARECER DIANTE DO TRIBUNAL DE CRISTO, A FIM DE QUE CADA UM RECEBA O QUE MERECE EM RETRIBUIÇÃO PELAS OBRAS PRATICADAS POR MEIO DO CORPO, QUER SEJA O BEM, QUER SEJA O MAL.” (II Coríntios 5, 10)
[1] O ladrão arrependido que morre amigo de Cristo chamava-se Dimas; e o que morre lhe insultando, Gestas. (ZILLES, URBANO, Evangelhos Apócrifos, tradução e introdução de Urbano Zilles, coleção Teologia 1 17, 3 ed. Porto Alegre, EDIPUCRS, 2004, pág.197 -198)
[2] Traduzida do grego “parádeisos”, significa parque ou jardim, lugar de alegria e harmonia entre os seres humanos entre si, e entre estes e a natureza. (DICIONÁRIO DE LÍNGUAS. Porto Editora. INFOPÉDIA)
[3] Gênesis 3, 23.
[4] https://biblehub.com/greek/strongs_3326.htm
[5] P. 16.2 § 1.721. CATECISMO.
[6] Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz seu senhor. Mas chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de meu Pai. (São João 15. 14 e 15)
[7] Deus não nos chamou para a impureza, MAS PARA A SANTIDADE. (I Tessalonicenses 4.7); “O DEUS DA PAZ VOS CONCEDA SANTIDADE PERFEITA. (I Tessalonicenses 5.23); “Segui a paz com todos, e a SANTIDADE sem a qual ninguém verá o Deus! (Hebreus 12, 14)”
[8] Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus! (São Mateus 5, 8)
[9] Alguns justos, antes mesmo de experimentar a morte física, também foram dados ver o Paraíso: “Henoc agradou a Deus e foi transportado ao paraíso, para excitar as nações à penitência. (Eclesiástico 44, 16); Conheço um homem em Cristo que há catorze anos foi arrebatado até o terceiro céu. Se foi no corpo, não sei. Se fora do corpo, também não sei; Deus o sabe, foi arrebatado ao paraíso e lá ouviu palavras maravilhosas. (II Coríntios 12, 2, 3 e 4)
[10] A realeza, o império e a suserania de todos os reinos situados sob os céus serão devolvidos ao povo dos santos do Altíssimo, cujo reino é eterno e a quem todas as soberanias renderão seu tributo de obediência”. (Daniel 7, 27)
[11] “Em verdade, em verdade vos digo, se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.” (São João 6. 52, 53 e 54)
[12] FORMAMOS UM SÓ CORPO EM CRISTO, E CADA UM DE NÓS É MEMBRO UM DO OUTRO.” (Rm 4, 5); “SOIS O CORPO DE CRISTO, E CADA UM de sua parte, É UM DOS SEUS MEMBROS.” (I Coríntios 12, 27)
[13] Os que se nutrem validamente do sangue e da carne Divina do Cristo estarão com ele para todo sempre, em comunhão com seu Corpo Místico:
⁵³ “Jesus, pois, lhes disse: Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos.” (São João 6,53)
[14] Ensina outra vez Santo Erineu de Lyon:
“Deus fez das nações que não tinham esperanças, co-herdeiras, co-participantes, co-corporais dos santos, para proclamar com isto, que a carne mortal se revestiu de imortalidade, de corruptível para incorruptibilidade.” (Livro I p. 64, Adversus Haereses)”
[15] Pois, enquanto permanecemos nesta tenda, gememos oprimidos: desejamos ser não despojados, mas revestidos de uma veste nova por cima da outra, de modo que o que há de mortal em nós seja absorvido pela vida. (II Coríntios 5, 4)
[16] I Tm. 3, 15.
[17] I Coríntios 15, 28.
[18] Depois Jesus os levou a Betânia e, levantando as mãos para o céu, os abençoou. Enquanto ainda os abençoava, deixou-os e foi elevado ao céu. (São Lucas 24, 50-51)
[19] Gênesis 1, 26.
[20] “Ele é a imagem de Deus invisível, o PRIMOGÊNITO DE TODA A CRIAÇÃO.” (Colossenses 1, 15); Assim como em Adão todos morrem, assim em Cristo todos reviverão. (I Coríntios 15, 22); Como está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente (Gn 2,7); o segundo Adão é espírito vivificante.* (I Coríntios 15, 45)
[21]“[…] ao interior do véu, onde Jesus, nosso precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo sacerdote, (Hebreus 6.19,20)
[22] Por isso se diz: Subindo ao alto, levou os cativos no cativeiro, e deu dons aos homens.” (Efésios 4.8); “[…] porque não abandonarás minha alma no Hades,” (Atos 2,26-27); “Não tenha medo. Eu sou o Primeiro e o Último, 18 o Vivo. eu estava morto, e eis que agora estou vivo para todo o sempre! E eu possuo as chaves da Morte e do Hades.” (Apocalipse 1, 17 e18)
Hades ou região dos mortos, também chamada Sheol, inferno (não confundir com o inferno dos condenados) era a região onde as almas de todos que morriam aguardavam vinda de Cristo para o sacrifício na cruz. Os justos, que morreram na fé na esperança e no amor a Deus, seriam libertados para o Paraíso por ocasião do sacrifício de Cristo; enquanto os que negaram a fé, e não viveram a esperança e o amor a Deus continuarão cativos, aguardando a ressurreição para juízo final, no qual serão condenados definitivamente:
⁹ Assim, sabe o Senhor livrar da aflição os piedosos, e reservar os injustos para o dia do juízo, para serem castigados; (II São Pedro 2,9)
[23] https://igrejamilitante.com.br/index.php/o-que-e-a-alma/
[24] “Porque não há nada oculto que não venha a ser revelado, e nada escondido que não venha a ser conhecido e trazido à luz.” (São Lucas 8. 17)
[25]“Vi também tronos, sobre os quais se assentaram aqueles que receberam o poder de julgar: eram as almas dos que foram decapitados por causa do testemunho de Jesus e da Palavra de Deus;” (Apocalipse 20, 4)
“Não sabeis que os santos julgarão o mundo?” (I Coríntios 6, 2)
[26] Feliz o justo, para ele o bem; ele comerá o fruto de suas obras. (Isaías 3, 10)