Resumo sobre alguns pontos da Doutrina do Livre Arbítrio, ensinada em Santo Agostinho, na obra “O Livre Arbítrio e a Origem do Mal:”
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No mundo sensível e finito encontramos as verdades que são eternas.
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O livre arbítrio é um bem em si mesmo, sendo o mal gerado pela dificuldade de regermos essa vontade livre ao encontro dos bens eternos.
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A alma é superior ao corpo, assim como a razão é superior a vontade e a sensibilidade.
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O ser humano, pecando, desordenou os bens da vida gerando à partir deles a culpa e a morte, mas Deus a priori já sabe quem será salvo ou não.
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O ser humano é quem decide se se guiará pelo caminho do bem ou do mal.
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Deus não retira do ser humano, o livre arbítrio, o direito de escolher e tentar alcançar os bens eternos, mesmo naqueles que ele sabe de antemão que jamais alcançarão.
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Só podemos praticar o mal exclusivamente por nossa própria vontade.
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A voluntariedade é necessária para legitimar moralmente a prática das virtudes e das boas ações, pois não há mérito no bem que se realize coagido, nem justiça na punição do mal que se obrou não querendo, e que se praticou sem poder evitar. (pg. 215, I Livro)
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Em geral, as ações ignorantes não podem ser consideradas pecados, mas devem passar pela correção para serem conduzidas à sabedoria.
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A ignorância rebaixa o ser humano pelo erro, e Deus criou o homem bom, livre e sem culpa para não errar.
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O livre arbítrio é um bem porque é condição moral para que o agir bem seja aprovado; e o agir mal seja punido e corrigido.
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O mal não é causado por Deus, pois Deus, sendo Sumo Bem, não pode ser autor do mal.
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A vontade livre busca a felicidade, mas a busca fora dos padrões da vontade Divina, e naquilo que lhe destrói, causando ruptura definitiva entre o ser criado e o Ser sagrado.
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Se a lei não for justa ela é moralmente inaceitável.
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Lei positiva é sempre mutável. Já a Lei Eterna universal é imutável, e nisso, as distinguimos.
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É o direito natural – jus naturalis, o princípio que conhecemos pela razão, e, nele deve ser fundada a lei positiva.
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Pecado é a propensão imoderada aos bens temporais, finitos e inferiores, os quais desejamos e buscamos acima dos bens perfeitos e eternos.
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Nisso é o pecado. Bens do apetite sensível ou paixão. Todos que agem pela razão, agem bem.
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Ausência de Deus como fim último do ato é o que torne esse ato imperfeito e falho.
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Deus dá ao ser humano o desejo natural de buscar a felicidade, seja nos bens inferiores, nos quais alcançaremos apenas uma felicidade inferior, incompleta; seja na felicidade superior chamada Eudaimonia, por Platão.
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Vida feliz é a verdade conhecida em Deus, por meio de Cristo.
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A alma é eterna, porque a justiça de Deus sobre ela é eterna.
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