O problema de tratar o trabalho como mercadoria é que o ser humano passa a ser mero instrumento de produção, enquanto deveria ser o sujeito eficiente, o verdadeiro artífice, criador e destinatário desse trabalho.
O erro do sistema de mercado é não tratar o indivíduo segundo a dignidade do seu trabalho.
Por causa dessa anomalia nasceu a questão operária.
Tal questão – bem como os problemas com ela ligados – deram origem a uma justa reação social. Era a reação contra a degradação humana; contra a exploração inaudita que a acompanhava no campo dos lucros; das condições de trabalho e ausência de previdência social. Esse estado de coisas era favorecido pelo <SISTEMA SÓCIO-POLÍTICO-LIBERAL> que, segundo as suas premissas de economismo, reforçava, e assegurava a iniciativa econômica exclusivamente aos possuidores de capital, não se preocupando suficientemente com os direitos trabalhistas.
O trabalho é o fundamento no qual se edifica a vida familiar que é a verdadeira vocação humana.
O trabalho constitui a dimensão fundamental da existência do ser humano sobre a terra. (ENCÍCLICA LABOREM EXERCENS. São João Paulo II, ano 1.981, cap. II parágrafos IV, VII e VIII )