POR QUE MARIA É MÃE DE DEUS?

1 — Parece que a Virgem Maria não foi Mãe de Deus, pois se assim fosse, seria também mãe do Pai e do Espírito Santo, pois Deus é Trindade.[1]

2 — Supôs Teódoto,[2] que Maria fosse a mãe de um homem comum, o qual em algum momento posterior à sua concepção e nascimento, fora unido à Divindade, tornando-se filho de Deus. E como pregava Nestório: “NÃO POSSO ADMITIR QUE SEJA DEUS, UM MENININHO ENROLADO EM TRAPOS QUE NASCEU DE MULHER, NUM ESTÁBULO.[3]

3 — Por fim, mesmo admitindo que a humanidade de Cristo estivesse desde sua concepção unida à sua Divindade, isso tornava Maria a mãe do “jesus humano”, pois a Divindade não poderia ser gerada na mulher.

MAS EM CONTRÁRIO:

EIS QUE A VIRGEM CONCEBERÁ E DARÁ A LUZ UM FILHO, QUE SE CHAMARÁ EMANUEL (Is. 7, 14), QUE SIGNIFICA DEUS CONOSCO.(São Mateus, 1, 23)

Ora, EMANUEL ou DEUS CONOSCO é o Nome de Jesus desde sua concepção.

SOLUÇÃO:

Que Maria é Mãe de Deus é uma verdade da fé tão lógica quanto o fato de que Jesus, a quem ela concebeu e gerou, seja Deus, e qualquer tentativa de rebaixar a maternidade divina, implica rebaixar Cristo, colocando-o na condição de homem comum, que nessa condição foi gerado e concebido.

Reconhecer que Deus nasceu da Virgem significa reconhecer que o Filho de Deus, sem deixar de ser Deus, pôde um dia se fazer homem.

A maternidade Divina do Cristo, também chamado EMANUEL[4], foi um sinal visível que anunciou ao mundo que Deus, sem deixar de sê-lo, se tornava um de nós, passando a ser contado dentre os homens:

E ACONTECEU QUE, NAQUELES DIAS, SAIU UM DECRETO DE CÉSAR AUGUSTO (Lc 2,2), PARA QUE SE FIZESSE O RECENSEAMENTO NO MUNDO INTEIRO. PARA QUEM OLHA DE MAIS PERTO ESSES ACONTECIMENTOS, PARECE SIGNIFICAR CERTO MISTÉRIO, PORQUE CRISTO DEVERIA SER CONTADO NA ENUMERAÇÃO DO MUNDO INTEIRO, SENDO MENCIONADO NOS REGISTROS JUNTO COM TODOS, PARA OFERECER AO UNIVERSO VIVER EM COMUNHÃO COM ELE. (ORÍGENES. par. VI p. 46. HOMILIA SOBRE O EVANGELHO DE LUCAS, ano 235)

“PORTANTO, O SENHOR VOS DARÁ UM SINAL: EIS QUE A VIRGEM CONCEBERÁ, E DARÁ À LUZ UM FILHO, E CHAMARÁ O SEU NOME, EMANUEL.” (Isaías 7:14)

E para não deixar dúvida que assumiu de verdade nossa natureza[5], submeteu-se a concepção, geração e nascimento no ventre da mulher, pois nenhuma natureza humana pós-adâmica é concebida, gerada e vem ao mundo, senão, através das mães.

Ora, a natureza produz o sujeito, conforme os aspectos naturais de sua origem.

Cristo foi concebido numa ação conjunto entre o Espírito Santo e a Virgem Maria:

“QUE ESTANDO MARIA, SUA MÃE, DESPOSADA COM JOSÉ, ACHOU-SE TER CONCEBIDO DO ESPÍRITO SANTO.(São Mateus 1, 18)

“EIS QUE UMA VIRGEM CONCEBERÁ …” (São Mateus 1, 23)

Maria então, dá à luz a uma só Pessoa, que é Divina por natureza paterna; e humana por natureza materna.

Ao conceber do Espírito Santo, a humanidade da Virgem produziu uma única Pessoa, na qual, desde sua concepção, habitam as naturezas Divina e humana, tomadas, respectivamente, daqueles que a conceberam.[6]

A concepção da Pessoa de Cristo haveria então de unir inseparavelmente as duas naturezas, unindo a Divindade com a humanidade:

SUA NATUREZA HUMANA FOI TÃO PERFEITAMENTE UNIDA AO VERBO DE DEUS NA UNIDADE DA PESSOA, QUE O FILHO DO HOMEM FOI TAMBÉM O FILHO DE DEUS.” (Suma Teológica, Q 32, art. 1 Livro IIIa. Do Verbo Encarnado)

Não por outra razão, Jesus, que é FILHO DE DEUS, é tido também como FILHO DO HOMEM, obviamente, numa alusão à natureza humana que tomou de sua Mãe.

Ele próprio dizia de si:

“NA VERDADE, O FILHO DO HOMEM VAI, COMO DELE ESTÁ ESCRITO, MAS AI DAQUELE POR QUEM O FILHO DO HOMEM É TRAÍDO.” (São Marcos 14, 21)

A Divindade, em Cristo, estava na humanidade, na qual habitou desde o exato momento da sua concepção no ventre materno:

NELE HABITA CORPORALMENTE TODA PLENITUDE DA DIVINDADE.” (Colossenses 2, 9)

Ora, quem concebe não pode ser outro, senão Pai ou Mãe.

Por isso, Cristo tem duas gerações, e numa delas, é gerado por meio da maternidade da Virgem.

Ele tem uma geração eterna, pois como imagem[7] de Deus, ele é gerado continuamente do seu modelo que é o Pai[8], pois se o modelo (PAI) é eterno, seu reflexo que é a Imagem (FILHO) gerada desse modelo, também é.[9]

E sendo essa Imagem o Verbo que se encarnou, há de se reconhecer que também teve uma geração que se iniciou no tempo e na história, ao ser concebido pelo Espírito Santo e pela Virgem, para assim, tomar nossa carne e nela nascer, morrer e ressuscitar para nossa salvação:

“[…] É MANIFESTO QUE CRISTO TEM NATIVIDADE PELO PAI QUE É NA ETERNIDADE, E PELA MÃE QUE É NO TEMPO. NÃO SÃO ESSAS NATIVIDADES DA MESMA ESPÉCIE, E POR ISSO, QUANTO A ESTA MATÉRIA, DEVEMOS ATRIBUIR A CRISTO DUAS FILIAÇÕES DIVERSAS; A FILIAÇÃO ETERNA NÃO DEPENDE DA MATERNIDADE NO TEMPO, MAS, A ESSA FILIAÇÃO ETERNA, SE ATRIBUI UMA FILIAÇÃO TEMPORAL QUE É DEPENDENTE DA MÃE, DA QUAL CRISTO É CHAMADO FILHO EM VIRTUDE DE TAL RELAÇÃO. (AQUINO. Santo Tomás. Suma Teológica. Livro. Q 35 art. 5, Livro IIIa)

Assim como a Virgem é Mãe de Deus Filho, segundo sua humanidade; também Deus Pai é o Pai de Cristo, segundo sua Divindade.

O Espírito Santo semeou na Virgem, a substância da Divindade do Filho, e desta maneira, Deus Pai, que o gera na eternidade, também o gerava no tempo e na história humana por meio da carne sem mácula daquela que fora preparada, desde a eternidade, para ser sua Mãe.[10]

Nela, Deus concebeu, e fez nascer aquele que é Deus e homem, simultaneamente, sem divisão ou separação.

E por ela, o Verbo que é Deus viria a nós em carne, sendo Deus na carne, desde sua concepção no ventre da mulher Bendita.

Como está escrito,[11] a Divindade do Filho, Cristo, embora não sendo gerada na mulher, estava presente tanto na concepção, quanto na geração de sua humanidade, participando desses momentos.

Ora, se a Divindade está presente no ser concebido, gestado e nascido, não há outra conclusão possível, senão, que aquela que o concebeu, gestou e deu à luz ao Verbo Divino Encarnado é sua Mãe, e, portanto, a Mãe de Deus:

“[…] COMO NO PRINCÍPIO DA CONCEÇÃO, A NATUREZA HUMANA FOI ASSUMIDA PELA PESSOA DIVINA, PODEMOS AFIRMAR QUE DEUS FOI CONCEBIDO E GERADO PELA VIRGEM, POIS DIZEMOS QUE UMA MULHER É MÃE QUANDO CONCEBE E GERA. SÓ SERIA POSSÍVEL NEGAR QUE A SANTA VIRGEM FOSSE MÃE DE DEUS, SE DISSÉSEMOS, COMO PRETENDIA FONTINO, QUE CRISTO FOI CONCEBIDO E GERADO E SÓ DEPOIS SE TORNOU DEUS; OU SEGUNDO NESTÓRIO, QUE A HUMANIDADE NÃO FOI ASSUMIDA PELA DIVINDADE. A SANTA VIRGEM DEVE SER CONSIDERADA MÃE DE DEUS, POR SER A MÃE DA PESSOA QUE TRÁZ EM SI AS NATUREZAS HUMANA E DIVINA, SEM  SEPARAÇÃO. (AQUINO. Santo Tomás. Suma Teológica, Q 35, art 4° Da Natividade de Cristo)

Se no Cristo há duas naturezas, a humana e a Divina, reunidas numa só Pessoa[12], a Virgem é a Mãe dessa Pessoa, a qual concebeu, gerou e deu à luz.

E sendo Cristo plenamente Deus e plenamente homem, Maria é Mãe de Deus, porque é mãe do que é plenamente homem, mas também plenamente Deus, tornando Mãe de Deus, do Verbo Divino feito homem, da Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, quando esta se encarnou, e se fez homem em seu ventre.

Logo, o título de Mãe de Deus,[13] que é dado a Maria desde os primeiros tempos do cristianismo, é absolutamente correto.

Negar que na Pessoa de Cristo, Deus nasceu numa humanidade, desaparece o fato de que Deus se encarnou, e se Deus não se encarnou, ele não nasceu, e se não nasceu, também não morreu para nos salvar, pois, Deus, para morrer e ressuscitar, era preciso, antes, nascer.

E se Deus não deu sua vida por nós, em vão foi o sacrifício do homem comum, daquela humanidade sozinha na cruz.

A mesma Pessoa Divina que morreu crucificada; ressuscitou; ordenou que a tempestade cessasse; multiplicou pães e peixes; que transformou água em vinho e andou sobre as marés, é a que foi concebida e nasceu da Virgem, no que se responde as questões:

1 — Existem atos de Deus que se realizam simultaneamente pelas três Pessoas Divinas, como dito “FAÇAMOS O HOMEM NOSSA IMAGEM[14]; e outros apenas por uma delas.

Criar e conservar o universo existente é ato de Deus exclusivo na Pessoa do Pai, e por isso só ele é chamado Criador[15]; ao passo que dar os carismas espirituais, a sabedoria, nos consolar e santificar[16] é ato de Deus exclusivo na Pessoa do Espírito Santo, e por isso só ele é chamado Paráclito[17], assim como nascer, morrer e ressuscitar para que do seu sacrifício nos venha vida eterna é ato de Deus exclusivo na Pessoa do Filho Encarnado, e por isso, só ele é chamado Redentor, Verbo ou Cordeiro.[18]

E para cumprir a missão de salvação, era a Pessoa Divina do Filho (e não do Pai, nem do Espírito Santo) que haveria de nascer, morrer e ressuscitar em nossa carne, porque só ele é chamado Verbo Encarnado.

Logo, não se pode dizer que o Pai teve fome[19]; o Espírito Santo teve sede[20] ou que o Pai e o Espírito verteram lágrimas ao chorar a morte do amigo Lázaro[21], pois tais atos pertenceram apenas ao Filho Divino, que se fez homem.

O ato de tomar nossa natureza carnal é próprio e exclusivo do Filho, razão porque, nunca é dito que o Pai ou o Espírito nasceram da mulher, mas que Deus, na Pessoa Divina do Filho, nasceu:

“POR ISSO, AQUELE QUE NASCER DE TI É SANTO, E SERÁ CHAMADO FILHO DE DEUS.” (Lucas 1, 35).

A possibilidade de cada uma das Pessoas Divinas também agir individualmente, por ato próprio e exclusivo, sem que para isso precisem se separar, é o que lhes identifica e distingue, pois se não pudessem agir individualmente, não haveriam em Deus, três Pessoas.

Embora somente o Filho tenha sido concebido e gerado na carne, a natureza Divina do Pai e do Espírito estava de maneira una e consubstancial naquele que era gerado, estando nele o mesmo poder, vontade, personalidade e intelecto[22] que há no Pai e no Espírito, inexistindo divisão ou ruptura de poder, vontade, personalidade e intelecto entre as Santíssimas Pessoas da Trindade.

Em razão disso, podemos dizer que Deus, na Pessoa do Filho, nasceu da Mulher, a qual escolher para ser sua Mãe.

A mesma Divindade que há no Pai e no Espírito Santo, estava na humanidade assumida pelo Filho ao ser concebido, gerado e nascer de Maria.

 

2 — Se Cristo não nasceu Deus, apenas assumiu a natureza Divina posteriormente, então, aquela criança que nasceu no estábulo e repousava na manjedoura não poderia ter sido adorada, pois não se pode adorar criaturas.

Todavia, logo ao nascer, Deus ordenou que o Menino Jesus fosse adorado pelo anjos e pelos homens que o visitavam.

Se o Menino Jesus não fosse Deus desde sempre, o Pai Divino jamais lhes permitiram render culto de adoração a ele:  

“E, ENVIANDO-OS A BELÉM, DISSE: IDE, E PERGUNTAI DILIGENTEMENTE PELO MENINO, E, QUANDO O ACHARES ME INFORMES, PARA QUE TAMBÉM EU VÁ E O ADORE. E, TENDO ELES OUVIDO O REI, PARTIRAM;E  EIS QUE A ESTRELA, QUE TINHAM VISTO NO ORIENTE, IA ADIANTE DELES, ATÉ QUE CHJEGANDO, SE DETEVE SOBRE O LUGAR AONDE ESTAVA O MENINO. E, VENDO ELES A ESTRELA, SE PROSTRARAM COM GRANDE ALEGRIA. E ENTRANDO, ACHARAM O MENINO COM MARIA, SUA MÃE, E, SE PROSTRARAM, E O ADORARAM; E ABRINDO SEUS TESOUROS, OFERTARAM-LHE DÁDIVAS: OURO, INCENSO E MIRRA.” (São Mateus 2, 8-11)

“PORQUE, A QUAL DOS ANJOS DISSE: TU ÉS MEU FILHO, HOJE TE GEREI? E OUTRA VEZ: EU LHE SEREI POR PAI, E ELE ME SERÁ POR FILHO? E QUANDO INTRODUZ NO MUNDO O SEU PRIMOGENITO, DIZ: TODOS OS ANJOS DE DEUS O ADOREM.” (Hebreus 1. 5-6)

“SOMENTE AO SENHOR TEU DEUS ADORARÁS, E SÓ A ELE DARÁS CULTO DE LATRIA. (São Lucas 4, 8)

Também Isabel e João Batista em seu ventre, inspirados pelo Espírito Santo, reconheceram, por uma revelação especial, que era Deus, aquele que Maria trazia em seu ventre:

“E ACONTECEU QUE, AO OUVIR ISABEL A SAUDAÇÃO DE MARIA, A CRIANCINHA SALTOU NO SEU VENTRE; E ISABEL FOI CHEIA DO ESPÍRITO SANTO E DISSE: BENDITA ÉS TU ENTRE AS MULHERES E BENDITO É O FRUTO DO VOSSO VENTRE. DE ONDE ME VEM ESSA HONRA DE VIR A MIM A MÃE DO MEU SENHOR? (São Lucas 1. 42 e 43)

Por isso, é dito do que reconhece que aquele que nasceu de Maria seja Deus entre nós, o Emanuel:

“NÃO CREIAIS A TODO ESPÍRITO, MAS PROVAI SE OS ESPÍRITO SÃO DE DEUS, PORQUE JÁ MUITOS PROFETAS SE TEM LEVANTADO NO MUNDO. NISTO CONHECEREIS O ESPÍRITO DE DEUS: TODO O ESPÍRITO QUE CONFESSAR QUE JESUS CRISTO VEIO EM CARNE É DE DEUS; (1 São João 4.1,2)

 

3 — Nenhuma geratriz é negada a condição de mãe por não ter criado a alma que habita no corpo daquele a quem concebe, gera e parteja. Ora, a alma é criação exclusiva de Deus: “NA SUA MÃO ESTÁ A ALMA DE TUDO QUANTO VIVE, E O ESPÍRITO DE TODA A CARNE HUMANA.” (Jó 12. 9 e 10)

E se reconhecemos como mães, aquelas através das quais as almas criadas por Deus se fazem carne e vem a este mundo — também reconheçamos como Mãe, aquela através do qual a Divindade, que como a alma, vem de Deus, se fez carne e veio ao mundo, passando a ter por meio de Maria, uma existência corpórea e visível no tempo e na história da humanidade:

“[…] Pois, SE O VERBO DE DEUS NASCEU DE DEUS PAI; MAS COMO ASSUMIU A CARNE HUMANA, DEVEMOS CONFESSAR QUE, PELO SEU CORPO, NASCEU DA MULHER. LOGO, DEVEMOS CONCLUIR QUE A SANTÍSSIMA VIRGEM DEVE SER CONSIDERADA MÃE DE DEUS; NÃO POR SER MÃE DA DIVINDADE […] “MAS POR SER MÃE DA PESSOA QUE EM SI UNIA A DIVINDADE E HUMANIDADE. (CIRILO. São. Epístola contra Nestório, anos 349)

E, por isso, como já esclarecido, não são contados “dois jesus,” um humano e outro divino, mas um só Cristo, uma só Pessoa Divina do Filho, que tem duas naturezas, sendo Deus e homem; homem e Deus, ao mesmo tempo, sem separação ou confusão.


[1]https://igrejamilitante.com.br/index.php/como-num-unico-deus-pode-haver-tres-pessoas/

[2] Adociocismo foi uma seita surgida nos anos 190, por Teódoto de Bizâncio, um erudito que pregava que Jesus não nasceu Deus, mas tornou-se Filho de Deus por adoção especial. Assim, Jesus não teria nascido com a mesma natureza Divina do Pai, não sendo Deus substancialmente, mas se torna Deus acidentalmente, durante os eventos de sua vida. Logo, o que Maria concebeu e gerou era homem comum, que teve a sorte de uma graça especial, vindo a se tornar Deus Filho. Com sua morte, a propagação desse erro foi realizada por Fontino, seu discípulo. Tal tese foi condenada pela Igreja no 1° e 2° Concílios de Nicéia, anos 381 e 787, respectivamente. (Enciclopédia Católica, edição 1.913. Do Adocionismo)

[3]Nestorianismo surgiu nos anos 400, por Nestório, Bispo de Constantinopla, que se recusava aceitar que numa única Pessoa de Cristo, haveriam duas naturezas, a humana e a Divina. Para ele e seus seguidores, cada natureza corresponderia a uma Pessoa de Cristo. Assim, havia o Cristo humano, filho de Maria; e o Divino, Filho de Deus. O Concílio de Éfeso (431) declarou tais argumentos heréticos, reafirmando a Doutrina Católica da união hipostática que recebeu dos Apóstolos, onde Cristo é Pessoa única na qual se fez a união entre humanidade e Divindade. É de Nestório a famosa frase: “NÃO VENHA ME DIZER QUE MARIA É MÃE DE DEUS. ELA FOI MULHER, E DEUS NÃO PODE NASCER DE MULHER. SUSTENTAR O CONTRÁRIO É IMITAR OS PAGÃOS QUE DÃO AS SUAS DIVINDADES, MÃES. NUNCA ADMITIREI COMO DEUS, UM MENININHO ENROLADO EM TRAPOS NUM ESTÁBULO.” (WALKER.W, História da Igreja Cristã. Aste-SP, 1,983. P. 216/17. Item:III)

[4]  A palavra Emanuel no hebraico —  עִמָּנוּאֵל —  é o Título Sacerdotal dado aquele que é Deus, e está conosco. Significa a presença real de Deus entre nós.

[5] E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já agora está no mundo. (1 São João 4, 3)

[6] Maria concebeu o Verbo Divino em seu ventre. Essa concepção, porém, foi efeito de uma plenitude da graça de Deus e de uma operação do Espírito Santo em sua alma e em seu corpo. p. 260.

[7] Cristo “[…] é IMAGEM do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; (Colossenses 1, 15)

[8] Cristo não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo sacerdote, mas aquele que lhe diz: Tu és meu Filho, hoje te gerei. Hebreus 5:5; Porque, a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, Hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, E ele me será por Filho? Hebreus 1:5

[9]  Como Cristo possui uma geração eterna no Pai: https://igrejamilitante.com.br/index.php/como-num-unico-deus-pode-haver-tres-pessoas/

[10] CANTA ALEGREMENTE, ó filha de Sião; rejubila, ó Israel; regozija- te, e EXULTA DE TODO O TEU CORAÇÃO, ó filha de Jerusalém. O Senhor afastou os teus juízos, exterminou o teu inimigo; O SENHOR, O REI DE ISRAEL, ESTÁ NO MEIO DE TI; TU NÃO VERÁS MAL ALGUM.” (Sofonias 3, 14 e 15) — E respondeu a Virgem: Minha alma glorifica ao Senhor, MEU ESPÍRITO EXULTA DE ALEGRIA EM DEUS, meu Salvador, (São Lucas 1. 46 e 47) — “O SENHOR REALIZOU MARAVILHAS EM MIM, AQUELE QUE É PODEROSO, E CUJO NOME É SANTO.” (São Lucas 1, 49)

[11] Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Emanuel. (Isaías 7, 14)

[12] Cânone I Concílio de ÉFESO, ano 431. “Se alguém não confessa que Emmanuel é Deus de verdade, e, portanto, que a santa virgem é mãe de Deus porque concebeu de maneira carnal, a Palavra ou Verbo de Deus que veio a nós na carne, que não seja contado entre nós.

[13] A palavra Theotókos, que literalmente significa “aquela que gerou Deus”, atribuída a Maria desde o século I da Era Cristã, foi ratificado no Concílio de Éfeso, no ano de 431. 

[14] Gênesis 1. 26-28.

[15] Gênesis 2. 1-4.

[16] Romanos 1. 4; I Coríntios 12, 8; Hebreus 2,4.

[17] E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. (Atos 2.1-4)

[18] São João 1, 29.

[19] São Mateus 4, 2.

[20] São João 19, 28.

[21] Disse Marta a Jesus: “Senhor, se estivesses aqui meu irmão não teria morrido. Mas sei que, mesmo agora, Deus te dará tudo o que pedires”. Ao ver chorando Maria e os judeus que a acompanhavam, Jesus agitou-se no espírito e perturbou-se. Onde o colocaram?”, perguntou ele. Vem e vê, Senhor”, responderam eles. Jesus chorou. Então os judeus disseram: “Vejam como ele o amava!” Mas alguns deles disseram: “Ele, que abriu os olhos do cego, não poderia ter impedido que este homem morresse?” (São João 1.1-45)

[22] Aquele que vê a mim, vê o Pai; como podes dizer: ‘mostra-nos o Pai? (São João 14, 9)

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