A REALIDADE INVISÍVEL OCULTA NA MATÉRIA VISÍVEL DO SACRAMENTO.

1 — Parece que os sinais deixados por Cristo na água, no pão e no vinho são inúteis à salvação, cabendo aos sacerdotes a escolha por ministrá-los, como aos fiéis a escolha por recebê-los, pois a ação divina necessária ao arrependimento e perdão dos pecados só nos vem pelo espírito, não pela matéria.[1]

2 — Ademais, os sinais da antiga aliança confiados a Moisés, como a circuncisão, eram simbólicos,[2] concluindo que assim também sejam os sinais da aliança nova instituída por Cristo.

3 — Supondo que a salvação seja apenas para alma, nenhuma purificação corpórea que recebermos no Batismo ou na Ceia Eucarística será eficaz, pois aquilo recebemos no corpo não nos imprime virtude na alma.[3] 

4 — No mais, parece que a comunhão com Cristo se dá apenas espiritualmente, e não corporalmente no seu sacrifício de carne e sangue.[4] 

5 — Por fim, se somos salvos somente por Cristo, não podemos encontrar a salvação nos sinais por ele deixados.

MAS EM CONTRÁRIO, como ensinava Agostinho[5], os sacramentos são sinais da humanidade onipresente de Cristo, a qual não vemos, mas está entre nós:

“[…] um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança, e, imediatamente, saiu ÁGUA E SANGUE. (São João 19.34-37);

“[…] ei-lo JESUS CRISTO, aquele que veio PELA ÁGUA E PELO SANGUE; (I São  João 5,6)

SOLUÇÃO:

Como ensina a Igreja[6], “HÁ UM SÓ DEUS E UM SÓ MEDIADOR ENTRE DEUS E OS HOMENS, JESUS CRISTO HOMEM.[7]” 

Por isso, recebemos as graças e virtudes de Deus por intermédio de Jesus, exclusivamente mediante sua humanidade crucificada.

Nada recebemos diretamente em nossa natureza humana, pois, esta, corrompida pela culpa e manchada pela malícia, tornou-se incapaz de recolher de maneira direta e eficaz, as virtudes espirituais necessárias à salvação.[8]

Todo terreno estéril há de ser adubado com terra boa para dar bons frutos.[9]

Nossa humanidade morta e corrompida é a terra infértil que precisa do fertilizante da santificação que só encontramos na humanidade imortal e incorrupta do Mediador, a qual nos vêm por meio dos sinais dela emanados:

VISTO QUE OS FILHOS TÊM CARNE E SANGUE, TAMBÉM ELE PARTICIPOU DA HUMANIDADE DELES, PARA QUE POR SUA MORTE PUDESSE DESTRUIR AQUELE QUE DETÉM O PODER DA MORTE, (Hebreus 2. 14) 

SOMOS UM SÓ CORPO EM CRISTO,” (Romanos 12, 5)

Naquele dia, compreenderão que ESTOU EM MEU PAI, VOCÊS EM MIM, E EU EM VOCÊS. (Jo 14; 19 e 20)

QUEM COME A MINHA CARNE E BEBE O MEU SANGUE PERMANECE EM MIM, E EU NELE.” (Jo 6, 56)

A salvação é depositada na humanidade crucificada para ser transmitida à humanidade pecadora.

Por isso, convinha esta, se unir aquela para receber o perdão dos pecados:[10]

ELE VOS RECONCILIOU PELA MORTE DE SEU CORPO HUMANO, para que vos possais apresentar santos, imaculados, irrepreensíveis aos olhos do Pai.” (Colossenses 1, 22)

QUANDO ESTE CORPO CORRUPTÍVEL ESTIVER REVESTIDO DA INCORRUPTIBILIDADE, E QUANDO ESTE CORPO MORTAL ESTIVER REVESTIDO DA IMORTALIDADE, ENTÃO SE CUMPRIRÁ A PALAVRA DA ESCRITURA.” (I Coríntios 15, 54)

Se entre Deus e a humanidade havia abismo intransponível, uma ponte os religaria.

Essa ponte, seria Deus e homem, para que pudesse religar um ao outro, e ser o caminho pelo qual a raça humana acessa à Divindade.[11]

Ora, para ligar humanidade à Divindade, há de se humano e divino.

Todo bom caminho é dotado de sinais para que dele não nos percamos.[12] 

E se há um Caminho que veio do céu, também haveriam sinais celestes[13] a nos orientar.

Por isso ainda, Cristo nos vem pela água e pelo sangue, e nos fragmentos do seu Santíssimo Corpo ele nos visita.

E o que é a matéria do corpo humano, senão basicamente água e sangue?

O MUNDO NÃO ME VERÁ MAIS; VOCÊS, PORÉM, ME VERÃO, porque eu vivo, vocês também viverão.” (Jo 14; 19 e 20)

ELE, QUE ESTEVE VISÍVEL COMO NOSSO REDENTOR, AGORA PASSOU PARA OS SACRAMENTOS.” (São Leão Magno, ou São Leão I, ano + 440)

Se na humanidade visível de Cristo ocultava a Divindade invisível; se na carne visível de cada homem e mulher oculta a alma invisível, é no sacramento visível que habita o sagrado invisível da humanidade do Mediador, em seu Santíssimo sangue e sua Santíssima carne hospedados na água, no pão e no vinho:

PARECIA QUE EU COMIA E BEBIA CONVOSCO, MAS O MEU ALIMENTO É UM MANJAR INVISÍVEL E MINHA BEBIDA NÃO PODE SER VISTA PELOS HOMENS. (Tobias 12, 19)

Enquanto comiam, Jesus PEGOU UM PÃO, deu graças, partiu-o, e o deu aos seus discípulos, dizendo:

“TOMAI, COMEI; ISTO É O MEU CORPO. Em seguida TOMOU O CÁLICE, deu graças, o entregou aos seus discípulos, e proclamou: — TOMAI DELE TODOS VÓS, ISTO É O MEU SANGUE, O SANGUE DA NOVA ALIANÇA derramado para perdão dos pecados.” (São Mateus 26, 28)

Assim, Deus se serve da humanidade para curar a humanidade, para que do mortal viesse o imortal; do natural o extraordinário; e da matéria o espiritual, no que se responde as questões:

1 — Os sacramentos não são símbolos vazios, mas certos sinais plasmados na matéria natural e visível, onde sob o véu das coisas corpóreas habita ocultamente o Espírito Divino invisível, no qual vivificam a água, o sangue e a carne[14], e que nos liga às realidades sobrenaturais necessárias à salvação:

O ESPÍRITO DE DEUS PAIRAVA SOBRE AS ÁGUAS. (Gênesis 1,2)

QUEM NÃO RENASCER DA ÁGUA E DO ESPÍRITO NÃO PODERÁ ENTRAR NO REINO DE DEUS. (São João 3,5)

ASPERGIREI ÁGUA PURA SOBRE VOCÊS E FICARÃO LIMPOS. EU OS PURIFICAREI DE TODAS AS IMPUREZAS E DE TODOS OS SEUS ÍDOLOS. DAR-VOS-EI UM CORAÇÃO NOVO, E POREI DENTRO DE NÓS UM ESPÍRITO NOVO.” (Ezequiel 36. 25-26)

Essas realidades emanam somente do CORPO HUMANO de Cristo que é a única fonte de todos os sacramentos.

Neles, o sacrifício de Cristo nos é apresentado em todas as épocas e a todos os indivíduos nos sinais de sua humanidade divinizada e onipresente na história.

E esses sinais, foram colocados por Deus como primeiro passo rumo à santificação da vida cristã.

Todavia, sua recepção válida necessita de fé.

Como a Divindade repousou sobre as águas no início da obra da criação, para sobre elas derramar suas bênçãos, o Verbo Encarnado, o PÃO DA VIDA, repousou nas águas do Rio Jordão no início de sua obra de redenção, para que sua humanidade unida à Divindade, derramasse sobre as águas as bênçãos da salvação, e que a água, sendo fonte de toda vida natural, fosse também fonte de toda vida espiritual.

Em Cristo, a Divindade age por intermédio da humanidade, e esta, por sua vez, age através das águas, dos pães e dos vinhos consagrados: 

E MOSTROU-ME UM RIO PURO DA ÁGUA DA VIDA, CLARO COMO CRISTAL, QUE PROCEDIA DO CORDEIRO. (Apocalipse 22.1) 

AS ÁGUAS TE VIRAM, Ó DEUS, AS ÁGUAS TE VIRAM, E TREMERAM.” (Salmo 77. 16) 

LANÇA O TEU PÃO SOBRE AS ÁGUAS.” (Eclesiastes 11.1)

Trabalhai, não pela COMIDA que perece, mas pela QUE DURA ATÉ A VIDA ETERNA, que o Filho do Homem vos dará. POIS NELA, DEUS PAI IMPRIMIU UM SINAL.” (São João 6, 27)

Por isso, se decretou:

Em verdade vos digo: SE NÃO COMERDES A CARNE DO FILHO DO HOMEM, E NÃO BEBERDES O SEU SANGUE, NÃO TEREIS A VIDA EM VÓS.” (São João 6, 54) 

QUEM COME A MINHA CARNE E BEBE O MEU SANGUE TEM VIDA ETERNA; e eu o ressuscitarei no último dia.” (São João 6, 54)

QUEM CRER E FOR BATIZADO SERÁ SALVO,” (Mc 16, 15-18)

FOSTES BATIZADOS EM CRISTO, VOS REVESTISTES DE CRISTO.[15]” (Gálatas 3, 27)

Todo sacramento é um sinal sensível da graça de Deus, graça essa, invisível aos olhos naturais, mas plenamente vista aos olhos da fé.[16]

Sem os sacramentos não alcançamos a santidade na realização do Bem perfeito aliado a verdade e a justiça divina, pois não basta evitar o mal,[17] sendo efetivamente necessário praticar esse Bem, e não há Bem maior que nos unirmos ao sacrifício do Jesus crucificado, do qual, dependerá a existência de todos os demais bens que na vida possamos praticar.

2 — Sendo o sacerdócio de Cristo[18] superior ao de Moisés, os sinais por ele deixados são superiores aos deixados por Moisés. Toda realidade é superior aos símbolos.

Os sinais do antigo testamento foram figuras das realidades futuras, pois os sacramentos da lei nova, consagrados pelo poder do Espírito Santo, o Paráclito, retiram sua eficácia do Cristo crucificado, por onde vem as virtudes que nos salvam: 

AO CHEGAREM, ENCONTRARAM NOSSO SENHOR MORTO. UM DOS SALDADOS, ENTÃO, ATINGIU-LHE O LADO COM A LANÇA E DELE CORREU ÁGUA E SANGUE. POR QUE ÁGUA? POR QUE SANGUE? ÁGUA PARA PURIFICAR E SANGUE PARA RESGATAR. E POR QUE DO LADO? PARA QUE A GRAÇA DA SALVAÇÃO VIESSE DE ONDE VEIO A CULPA DA CONDENAÇÃO. SE A CULPA DO PECADO VEIO POR EVA, QUE SAIU DO LADO DA COSTELA DE ADÃO[19], A GRAÇA DA SALVAÇÃO VEIO DA COSTELA DE CRISTO[20].” (AMBRÓSIO. Santo. p. IV. DOS SACRAMENTOS, anos 397 DC)

Os sinais deixados por Moisés foram temporários, pois haveriam de ser substituídos pelas realidades eternas que lhes seriam superiores. Assim como o SACRIFÍCIO ETERNO do Cordeiro Primogênito de Deus na cruz tomou lugar do sacrifício dos primogênitos dos cordeiros animais, outros símbolos também foram substituídos por suas respectivas realidades:

“Se a perfeição tivesse sido realizada pelo sacerdócio levítico, que necessidade havia ainda de que surgisse outro sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque[21], e não segundo a ordem de Aarão? (Hebreus 7, 11)

POIS, TRANSFERIDO O SACERDÓCIO, FORÇOSO É QUE SE FAÇA TAMBÉM A MUDANÇA DA LEI.” (Hebreus 7, 12)

Então, onde antes haviam símbolos:

MOISÉS TOMOU O SANGUE DE BEZERROS E BODES JUNTO COM ÁGUA, LÃ ESCARLATE E HISSOPO, E ASPERGIU SOBRE TODO POVO, (Hebreus 9, 19)

ENTÃO MOISÉS TOMOU O SANGUE E DISSE: — ESTE É O SANGUE DA ALIANÇA QUE O SENHOR FEZ CONOSCO.(Êxodo 24, 8)

Encontramos agora a realidade:

ENTÃO JESUS DISSE: — ESTE É O MEU SANGUE DA ALIANÇA QUE É DERRAMADO PARA REMISSÃO DOS PECADOS. (São Mateus 26, 28)

Nos sinais da nova aliança, Cristo nos habita, e pelos mistérios da Encarnação do Verbo, sua carne torna-se a nossa, seu corpo torna-se o nosso, e por consequência seu sacrifício corporal passa a nos pertencer.

Se os sinais dados aos judeus eram simbólicos, os deixados à Igreja, os quais nos selam ao Corpo de Cristo, são realidades eternas:

PORQUE A VÓS É DADO COMPREENDER OS MISTÉRIOS DO REINO DOS CÉUS, MAS A ELES NÃO.” (São Mateus 13, 11)

ESTE É O SANGUE DA ALIANÇA, QUE DEUS ORDENOU QUE VOCÊ GUARDASSE.[22]” (Hebreus 9, 20) 

3 — O ser humano é corpo e alma[23], e mesmo que a morte os separe temporariamente, o renascimento carnal chamado ressurreição, permitirá receber novamente a alma no corpo, para vivermos eternamente com Deus, ou longe dele no sofrimento infinito. 

O que semeamos na carne, colhemos na carne, seja o prêmio ou pena. 

Toda alma segue o corpo, e, por isso, o que fazemos através do corpo reflete na alma e selará o seu destino.

Se pecamos através do corpo, pelo corpo nos é trazido o remédio espiritual nos sinais da humanidade de CRISTO que nos sara da doença do pecado. Ele não assumiu nossa humanidade para desprezá-la, mas salvá-la. Ele também não é inimigo da matéria ou natureza humana, pois tudo que criou é bom.[24] Os defeitos que nos condenam à vida eterna sem Deus são causados pela subordinação de uma alma a um corpo corrompido, gerando atos, condutas e ações defeituosas, as quais condenam a alma e o corpo:

[…] OS DESEJOS DA CARNE COMBATEM CONTRA A ALMA.” (I São Pedro 2, 11)

Por isso, não recebemos a remissão dos pecados na alma, sem que, antes, as graças que nos redimem passem pelo corpo:

SE HÁ UM CORPO ANIMAL, TAMBÉM HÁ UM ESPIRITUAL. (I Coríntios 15, 44);

“MAS NÃO É O ESPIRITUAL QUE VEM PRIMEIRO, E SIM O ANIMAL; O ESPIRITUAL VEM DEPOIS.” (I Coríntios 15, 46)

O remédio se aplica onde está a doença, e estando também na carne, a salvação não desprezaria a medicina sobrenatural para os corpos adoecidos.  Deus não salva apenas almas, mas o ser humano por completo, dotado de corpo e alma, como se prova pela promessa da ressurreição da carne. Se protegemos o mais importante pelo manto, protegemos a alma pelo corpo, o qual é santificado e reconstruído nos sinais corpóreos de Cristo, chamados sacramentos:

FELIZES AQUELES LAVAM AS SUAS VESTES para ter direito à árvore da Vida E PODER ENTRAR NA CIDADE PELAS PORTAS. (Apocalipse 22, 14)

Pois a minha carne É VERDADEIRAMENTE uma comida e o meu sangue, VERDADEIRAMENTE uma bebida. QUEM COME A MINHA CARNE E BEBE O MEU SANGUE PERMANECE EM MIM E EU NELE.” (São João 6. 55 e 56) 

4 — Não podemos receber Cristo apenas espiritualmente em desprezo ao seu SANTÍSSIMO CORPO, pois sua Divindade é inseparável de sua humanidade. Ele é nosso mediador na carne, e receber sua humanidade, nos permite participar dos fenômenos extranaturais que realizou por seu corpo humano para nos salvar, quais sejam, nascer, morrer, ressuscitar e viver eternamente.

Deus se serve da humanidade de Cristo para distribuir suas graças à humanidade corrompida e morta:

“QUEM COMER DESTE PÃO VIVERÁ ETERNAMENTE. E O PÃO, QUE EU HEI DE DAR, É MINHA CARNE PARA SALVAÇÃO DO MUNDO.” (São João 6, 51)

Nele nos tornando membros de um só Corpo,[25] renascendo pelo Batismo; crescendo pela Crisma; sendo alimentados pela Eucaristia; participando na obra da criação do homem e da mulher pelos frutos do Matrimônio e morrendo na unção dos enfermos para ressuscitar na glória dos eleitos: 

Ou ignorais que todos os que fomos batizados em Cristo, fomos batizados na sua morte? Fomos sepultados com ele na sua morte PELO BATISMO, para que, como Cristo ressurgiu dos mortos pela glória do Pai, assim nós também vivamos uma vida nova.” (Romanos 6. 3-6)

Se morremos com Cristo, cremos que viveremos também com ele. (Romanos 6. 8) 

Deus quis salvar todos os homens por meio de um só homem, como testemunhou o Santo Espírito pelos lábios do tirado e infiel Sumo Sacerdote Caifás:

“QUE MORRA UM SÓ HOMEM, E NÃO PEREÇA TODA A NAÇÃO.” (São João 11, 50)

Pela necessidade do ser humano ressuscitar na carne, é que a graça de Deus não lhe deve ser comunicada apenas à alma.

5 – A substância da carne, da água e do sangue que existe num fragmento do corpo é a mesma que existe no corpo inteiro.

Jesus é a causa da graça que nos cura, e os sacramentos os meios que ele escolheu para partilhar sua humanidade com a humanidade enferma de corpo e alma, por onde é manifesto que os sinais dados a Igreja tiram especialmente sua virtude da paixão de Cristo, a qual nos une a ele.

Nos sacramentos, portanto, é onde em verdade, encontramos Cristo crucificado:

“NÃO PERTENCE AO NOSSO PRÓPRIO JUÍZO ESCOLHER AS COISAS QUE O QUE NOS SANTIFICAMOS, MAS ESTAS, DEVEM SER DETERMINADAS POR UM INSTITUTO DIVINO. POR ISSO, NOS SACRAMENTOS DA LEI NOVA, HAVEIS DE SER LAVADOS, HAVEIS DE SER SANTIFICADOS.” (AQUINO. Santo Tomás. Suma Teológica, art. 5º Q 69 Livro)

 

 


[1]Declaração de Fé Batista, ano 1.689. Cap. XXIX.

[2]Não é verdadeiro judeu o que o é exteriormente, nem verdadeira circuncisão a que aparece exteriormente na carne. (Romanos 2, 28)

[3]Gnose é uma religião filosófica cuja origem está no pensamento de que o mundo se divide entre a matéria que é má; e o espírito que é bom. Porque repudiavam toda matéria, inclusive a humanidade do corpo, negavam que em Cristo, Deus tenha se tornado homem. Foi combatida intelectualmente pelos escritos de Santo Irineu (Contra as Heresias, ano 120) e, posteriormente, Santo Agostinho (Contra os Maniqueus, ano 397). A Igreja declara herético o ensino dos gnósticos, pois ele nega a Encarnação do Verbo, negando que Cristo seja Deus e homem, simultaneamente. (Concílios de Lateranense, em 1.215, e de Éfeso, em 431)

[4]Declaração de Fé Batista, ano 1.689. Cap. XXVIII.

[5]A Doutrina Cristã. 3, 9, 13; A cidade de Deus 10, 5.

[6]CATECISMO §457 – O Verbo se fez carne para nos salvar, reconciliando-nos com Deus. Foi Ele que nos amou e enviou-nos seu Filho como Salvador e vítima de expiação por nossos pecados.

[7]Tm 2,5.

[8]CATECISMO §457 – Doente, nossa natureza precisava ser curada; decaída, ser reerguida; morta, ser ressuscitada. Havíamos perdido a posse do bem, e era preciso nela nos restituir. Enclausurados nas trevas, era preciso trazer-nos à luz; cativos, esperávamos um salvador; prisioneiros, um socorro; escravos, um libertador. Essas razões comoveriam Deus a ponto de fazê-lo descer até nossa natureza humana para visitá-la, vez que a humanidade se encontrava num estado miserável e infeliz?

[9]Parábola do Semeador. (Mt 13)

[10]Tudo isso vem de Deus, que nos reconciliou consigo, por Cristo, e nos confiou o ministério dessa reconciliação. (II Coríntios 5, 18)

[11]Respondeu Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim. (Jo 14,6)

[12] CATECISMO §1504: Muitas vezes Jesus serve-se de sinais para curar: saliva e imposição das mãos, lama e ablução. Os doentes procuram tocá-lo, “porque dele saía uma força que a todos curava” (LC 6,19). Também nos sacramentos Cristo continua a nos “tocar” para nos curar.

[13]Não imiteis os pagãos, NEM TEMAIS OS SINAIS CELESTES, COMO TEMEM OS PAGÃOS. (Jeremias 10, 2)

[14]O Espírito dá vida; a carne não produz nada que se aproveite. As palavras que eu disse são espírito e vida. (Jo 6, 63)

[15]“Muito me alegrarei no Senhor, a minha alma se alegrará no meu Deus; pois ele me vestiu com as vestes da salvação, ele me cobriu com o manto da justiça, como um noivo se enfeita com enfeites e como uma noiva se enfeita com suas joias.” (Isaías 61,10)

[16]CONCÍLIO DE TRENTO XIII. Cap.III.

[17] I Pe 3.11.

[18] “Porque este que vive para sempre, possui um sacerdócio eterno. (Hebreus 7, 24)” 

[19] Então, o Senhor Deus mandou ao homem, Adão, um profundo sono; e enquanto ele dormia, tomou-lhe uma costela e fechou com carne o seu lugar. E da costela que tinha tomado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher, e levou-a para junto do homem. (Gn 2, 21 e 22)

[20] O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente (Gn 2,7); o SEGUNDO ADÃO é espírito vivificante. (I Coríntios 15, 45) Assim como a esposa de Adão, Eva, veio de sua costela; a ESPOSA DE CRISTO, a Igreja, também veio de sua costela, sangrada e ferida: “Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela.” (Efésios 5, 25)

[21]E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo. (Gênesis 14:18); “CRISTO É SUMO SACERDOTE, DA ORDEM DE MELQUESEDEQUE.” (Hebreus 5, 10)

[22]Que os homens nos considerem, pois, como simples operários de Cristo E ADMINISTRADORES DOS MISTÉRIOS DE DEUS.” (I Coríntios 4, 1)

[23] Gn 2,7

[24]Gn 1, 31

[25] Rm 12. 4, 5

 

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