“BEM-AVENTURADOS OS QUE CHORAM, PORQUE SERÃO CONSOLADOS. ” (SÃO MATEUS 5,4)
O luto é a dor do amor que permanece quando a pessoa amada se vai.
É a fome de saudade que não sacia.
Mas os que suportam a dor da perda sem deixar o coração ser tomado pela ira ou alegrias ilusórias que destroem o sumo Bem, transformam a tristeza num memorial de honra ao amor que tinham por nós, aqueles que partiram.
Os que choram as perdas das coisas temporais hão de ter esperança no Consolador que inflamará de alegria nossos corações pelas coisas eternas.
Ao invés de nos alimentarmos na dor, alimentemos nosso irmão na caridade, pois a felicidade que proporcionamos ao próximo em receber aquilo que lhes fora negado é remédio para a dor do corpo e alma, a qual aos nossos corações rasgaria dia a dia, até nos levar a desolação que nos faria considerar insignificante a própria vida.
Com a experiência, vemos que o tempo da nossa existência é curto e não podemos desperdiçá-lo construindo castelos sob sentimentos mórbidos aptos a desabar a qualquer momento sobre nós, mas perseguir aquilo que conta de fato, que é a busca por nossa relação com o transcendente, onde habitam os bens da vida eterna, e onde juntos, num só Corpo, numa só família em Cristo, nos veremos novamente um dia.